Uma das feiras de negócios mais importantes para o mercado do pescado potencializa as novas formas de venda e suas projeções para a exposição nos países latino-americanos.
São Paulo, março de 2024 – A Seafood Show Latin America, já tem data para acontecer, com credenciamento gratuito aberto para profissionais do setor de pesca o evento acontece de 22 a 24/10, pela primeira vez no Distrito Anhembi, em São Paulo.
Para elevar ainda mais o patamar desta edição, Ricardo Torres, representante brasileiro e sócio da Seafood Show Latin America, esteve presente na última exibição da Seafood Expo North America em busca de novas tendências e inovações para o mercado da América Latina.
Trazendo insights sobre o que há de novo no mercado, a 42ª Seafood Expo North America contou com cerca de 1.210 expositores e apresentou as novas tendências para o ramo de pesca em produtos, tecnologia nas embalagens, o crescimento em seus principais setores e a situação do cenário mundial de pescado.
De acordo com Torres, a plataforma mais importante para os negócios de pescado da América do Norte teve a significativa presença dos Estados Unidos, embora ressalte que México e Canadá também estavam bem representados. Com 23.1 mil m² de evento e 3 pavilhões, a feira é caracterizada por sua dinâmica intensa, tornando desafiador cobrir todos os aspectos em tempo hábil.
A estréia do Brasil como parte de um projeto
Pela primeira vez o Brasil teve um projeto setorial, cedido pela Apex Brasil. Sendo o 43º maior fluxo comercial de pescado e o 13º maior exportador de pescado aos EUA, o reconhecimento brasileiro no mercado permitiu a criação de um projeto estruturado, com um plano traçado para definir o acesso aos mercados. Uma dessas estratégias contempla a participação em feiras, incluindo a Seafood Expo North America, permitindo às empresas fomentar essa participação internacional.
Em meio a uma centena de produtos inscritos, o Tambaqui foi eleito o melhor produto para o varejo. Ainda assim, não foi o suficiente para virar uma febre nos Estados Unidos. Segundo o sócio da Seafood Show Latin America, de acordo com a Netuno USA, principal distribuidora de Tambaqui nos EUA, introduzir um produto conhecido no mercado americano já é um desafio, quando se trata de um produto desconhecido, ainda mais se tratando de pescado, é ainda mais difícil. Há espaço no mercado norte americano, mas é preciso paciência, saber ouvir e assim preparar a melhor estratégia para desenvolvimento deste produto.
A relação entre a pandemia e as novas formas de consumo do pescado
Após 2 anos de pandemia, com a volta das pessoas às ruas, o food service cresceu muito e explodiu nos Estados Unidos. O faturamento previsto é de 1 trilhão de dólares e a contratação de mais de 200 mil pessoas, algo inédito na história do país.
Nos Estados Unidos, o consumo do peixe tem uma dinâmica parecida com o Brasil, sendo o food service a principal porta de entrada. De acordo com Ricardo, 65% do consumo de pescado nos EUA acontece no food service e o restante, no varejo. Enquanto o consumo através do food service subiu, o do varejo caiu cerca de 3% no ano passado, principalmente congelados. O principal motivo seria a inflação e a queda do poder de compra, que desmotivaram o consumo.
Apesar disso, o salmão foi uma exceção e teve um aumento considerável das vendas. De acordo com as palestras, os norte-americanos preferem produtos congelados pré-prontos, cortes embalados e pré-temperados, se tornando então, a vedete desse consumo.
As principais tendências
Em relação às tendências, o uso de ingredientes orgânicos e naturais em pratos pré-prontos, ou produtos temperados ficaram em evidência esse ano. O aproveitamento integral para produtos de valor agregado, sem desperdício de partes, também se fez muito presente. Cortes inovadores, como o borboleta que normalmente é usado em camarão, agora estão sendo feitos em filés de peixe variados. O consumo de snacks também têm crescido no mercado americano e agora fazem parte do mercado de pescado.
O vencedor do concurso deste ano foi um salame de salmão, o que implica que embutidos e produtos curados são algumas das grandes tendências de grande potencial mundial. Além é claro, do apelo pela sustentabilidade presente em toda a exposição.
Tecnologia e inovação
Linhas completas de transporte, filetagem, pesagem e envase levaram o destaque pelo aperfeiçoamento no que diz respeito à velocidade. Houve uma proposta de substituição do isopor, em que se faz o uso de uma embalagem biodegradável e compostável. Dessa forma, é possível fazer o transporte mantendo a temperatura, sem o uso de um material que degrada o meio ambiente. Além da automação de processos manuais, como a de uma empresa que desenvolveu um descascador automático de camarão.
O que fazer com toda essa bagagem?
A Seafood Expo North America é uma feira com mais de 10 anos de história, mas por aqui a sua proposta ainda está amadurecendo no mercado. Torres compartilha que a receptividade em Boston para o projeto na América Latina foi positiva, pois se trata de um projeto muito ambicionado. “Equador é líder do camarão, Chile é o 2º maior produtor de salmão do mundo, Peru é o maior país pesqueiro do mundo. Então não estamos falando de amadores”, afirma.
O Brasil é um grande produtor do pescado, assim como também se insere no top15 dos países que mais exportam aos EUA. A produção dentro do país aumenta com o passar dos anos. Torres determina que o Brasil é um hub, pronto para que a realização da feira seja feita aqui. “A primeira edição foi um sucesso por ser resultado desse amadurecimento. É um evento com participação massiva do setor privado. A gente tem uma participação muito bem-vinda do ministério da pesca e outros parceiros, mas o grosso são os nossos parceiros privados.”
Em 2023, a Seafood Show Latin America contou com 100 marcas expositoras e cerca de 3.300 profissionais visitantes durante os 3 dias de evento. Para o ano de 2024, essa edição trará novidades para oferecer uma nova e melhor experiência. Em busca de conforto e conveniência, a feira vai estar localizada no novo Anhembi, com uma nova planta. Preparada para receber novos expositores nacionais e internacionais, também contará com rodadas de negócios também a nível nacional e internacional. O principal objetivo com a exposição é se tornar um fomentador do consumo do pescado no Brasil.
A Seafood Show Latin America, uma realização Francal Feiras e Seafood Brasil, acontece de 22 a 24/10 e o credenciamento estará liberado para profissionais do setor em breve. Todas as informações sobre os conteúdos podem ser encontradas no site oficial – https://seafoodshow.com.br/
Sobre a Seafood Brasil
A Seafood Brasil é uma plataforma de comunicação destinada a aumentar o consumo e gerar negócios para os atores da cadeia produtiva do pescado. Inaugurada em 2013, conta com um portal, mídias sociais, eventos com a cadeia produtiva e uma revista com cinco edições anuais.
Sobre a Francal Feiras
Desde 1969, a Francal Feiras é sinônimo de negócios e pioneirismo. Com mais de cinco décadas de atuação, é uma das maiores e mais tradicionais promotoras de eventos do país, com capital 100% nacional. Os negócios originados pelos 13 eventos de seu portfólio movimentam a economia e contribuem para o desenvolvimento de todas as regiões do Brasil.
A nomenclatura padrão é “credenciamento gratuito”, uma vez que o termo “inscrições” pode ser interpretado como implicando um custo. Quanto ao visitante, é preferível referir-se genericamente a profissionais do setor, em vez de especificamente a vendedor, para melhor abranger o tipo de participante desejado na feira. [PF1]